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Resumo

O presente artigo é fragmento de um capítulo da tese de doutoramento “O Enigma da Educação de Jovens e
Adultos: evasões e retornos sob a ótica da teoria do reconhecimento social”. Dessa forma, pretendeu-se
discutir o axioma hobbesiano, cuja tese é a inevitável “guerra de todos contra todos” não fosse a relação
contratual com o Estado e sua prerrogativa de monopólio do poder, com o axioma hegeliano, cuja tese é a
dependência humana por reconhecimento social, o que fundamenta uma gramática moral nos conflitos
sociais ao longo de sua história. A tese do “homem egoísta” é insustentável quando se percebe que a luta por
reconhecimento social, isto é, os conflitos que Hobbes evita por sua natureza destruidora, é a fonte da
formação societária para Hegel, e posteriormente para Honneth e Taylor, especialmente na democracia, cujos
avanços apontam para o reconhecimento das diferenças e para os direitos humanos como princípios
universalmente válidos. Nesse sentido, postula-se que a Educação de Jovens e Adultos, como movimento
social reconhecido pela dinâmica de seus oitenta e um fóruns estaduais e regionais no Brasil, que tem como
causa principal a defesa dos direitos à educação por toda a vida e um legado da Educação Popular orientado
pelos princípios freireanos da Educação, está em sintonia harmônica com o axioma que fundamenta a
“gramática moral dos conflitos sociais” e a “ética da autenticidade” formuladas, respectivamente, pelo
filósofo alemão Axel Honneth e pelo filósofo canadense Charles Taylor, com base na teoria do
reconhecimento social, originariamente formulada pelo jovem Hegel, nos primeiros anos do século XIX.
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos; Teoria do Reconhecimento Social; Gramática moral dos
conflitos sociais.

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