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Resumo

O objetivo desse artigo foi identificar se há prevalência de entorses
de tornozelo entre os gêneros feminino e masculino e verificar a atividade
eletromiográfica dos músculos fibular longo e tibial anterior em indivíduos
portadores de entorse crônica de tornozelo. Este estudo foi dividido em
duas etapas, onde a primeira consistiu de um estudo piloto retrospectivo,
através da aplicação de questionários semi-estruturados numa amostra
de 100 estudantes universitários do ISECENSA. A segunda etapa
constituiu uma análise transversal através da eletromiografia dos
músculos tibial anterior e fibular longo, entre dois grupos composto de
10 mulheres com entorse crônica de tornozelo e 10 sem entorse de
tornozelo, todas alocadas aleatoriamente a partir da amostra do estudo
prévio de prevalência. Os resultados foram analisados com o teste quiquadrado
e teste t de Student com p<0,05. O estudo de prevalência não
mostrou diferença significativa (p>0,05) na freqüência de entorses entre
o gênero feminino e masculino. Contudo observou-se que no grupo de
homens praticantes de alguma atividade física houve maior número de
entorses, enquanto que nas mulheres, a entorse foi mais freqüente no
grupo das sedentárias. E na análise eletromiográfica, o músculo fibular
longo mostrou maior nível de recrutamento nos dois grupos estudados,
sem diferença significativa (p>0,05). Concluiu-se que o gênero feminino
não apresentou maior prevalência de entorse em relação ao masculino e
que o músculo fibular longo dos indivíduos portadores de entorse crônica
de tornozelo não possui um padrão de recrutamento diferente de
indivíduos não-portadores, sugerindo que o recrutamento muscular não
influencia nas entorses crônicas de tornozelo.

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