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Resumo

As queixas relacionadas aos desequilíbrios posturais associadas
a episódios de tontura nos idosos estão cada vez mais presentes nos
consultórios de otoneurologia, geriatria e fisioterapia. Esses pacientes
acabam sendo vítimas de quedas da própria altura causadas por tonturas
principalmente quando associadas a movimentos cefálicos rápidos e que
exigem a extensão com inclinação e rotação do pescoço. Normalmente,
esses episódios ocorrem dentro dos supermercados quando é necessário
alcançar um objeto em prateleiras mais altas e que exigem este
deslocamento cefálico.
Além dos desequilíbrios causados por alterações vestibulares,
encontram-se ainda aqueles causados por incapacidade do sistema
muscular, por deficiência de força muscular, principalmente nos membros
inferiores e por alterações na porção sensitiva, o que ocasiona uma
percepção deficiente das sensações pelos pés e que, na maioria das
vezes, são responsáveis pelas quedas.
O estudo de protocolos de reabilitação vem mostrando a
importância de se verificar a presença de alterações do labirinto
associadas a distúrbios funcionais da marcha principalmente os
desequilíbrios posturais.
As técnicas utilizadas são baseadas em exercícios de habituação
e substituição que envolvem movimentos cefálicos, em velocidades e
superfícies diferentes, para promover a plasticidade do sistema vestibular
e ativação dos proprioceptores profundos das plantas dos pés
responsáveis pela sensibilidade vibratória.
Além dos exercícios para reabilitação do vestíbulo, devem ser
incluídas atividades para melhorar a percepção sensório-motora dos pés
e a associação com movimentos cefálicos e oculares com aumento gradual
das dificuldades para sua execução. As disfunções do equilíbrio para
marcha devem ser avaliadas através de protocolos que busquem as
incapacidades para se propor um protocolo de reabilitação adequado.

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