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Resumo

 

Este estudo surgiu da necessidade de se pesquisar as questões que mais afligem o Sujeito no período da adolescência. Foi sugerido durante o curso de Psicologia, na disciplina Psicologia do Adolescente, do 3º período dos Institutos Superiores de Ensino do CENSA. A adolescência se configura entre o período da infância e o da vida adulta e normalmente é conceituado a partir de fatores biopsicossociais. Tem como objetivo refletir, tanto na literatura, como na percepção de adolescentes, aspectos relativos à privacidade; avaliar possíveis diferenças nas percepções de alunos do segmento público e privado. Foi utilizado um estudo bibliográfico adicionado a uma pesquisa de campo quantitativa com 30 adolescentes com faixa etária entre 12 e 17 anos, tanto dos gêneros feminino e masculino, a partir de um questionário com perguntas fechadas, para jovens de instituições privadas e públicas. A pesquisa de campo revelou que a maioria dos sujeitos era do gênero feminino, sendo elas 63,3% do total de entrevistados. 16,6% do total de alunos abordados disseram que na maioria das vezes têm um sentimento de desrespeito à sua privacidade, enquanto 3,3% responderam que sempre têm esse sentimento. Comparado à hipótese inicial, este dado surpreendeu por se revelar abaixo do esperado. Dados importantes surgem da comparação das respostas dos entrevistados de ambos os tipos de instituições de ensino. A amostra mostrou que os adolescentes de instituições públicas têm maior sensação de desrespeito da privacidade do que os instituição privada. As dificuldades encontradas na aplicação da pesquisa foram inicialmente conseguir penetrar a barreira de entrada no ambiente escolar; as instituições de ensino se mostravam desconfiadas, talvez por pensarem que seu trabalho se colocaria em julgamento. Outra dificuldade foi com os próprios adolescentes e seus pais. Muitos questionários distribuídos aos alunos não retornaram. A teoria apontou que a família é a instituição na qual mais se vivenciam as crises relacionadas à ausência do respeito mútuo e predominância da falta de privacidade, devido à autoridade dos responsáveis ser interpretada como coação, e não como modo de se evitar sofrimento ao adolescente. Em função do pequeno número que compôs esta amostra, não se foi possível alcançar resultados conclusivos, o que se espera em pesquisas posteriores.

Palavras-chave

adolescente privacidade psicologia do adolescente.

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Como Citar
N. SIQUIERA, T., V. DA SILVA, A., S. MONTEIRO, J., & H. RIBEIRO-ANDRADE, ÉRICA. (2018). RESPEITO É BOM E EU GOSTO: A PRIVACIDADE DO SUJEITO ADOLESCENTE. Humanas Sociais & Aplicadas, 8(22). https://doi.org/10.25242/887682220181656