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Resumo

Este trabalho foi construído pensando em unir os constructos teóricos de Félix Guattari, Gilles Deleuze e Michel Foucault, buscando elucidar a seguinte questão: Como potencializar o atendimento dado aos pacientes psiquiátricos que se encontram institucionalizados por meio de uma conversa entre a esquizoanálise e a história da loucura? A pesquisa foi desenvolvida com muito cuidado e atenção, procurando entender um pouco sobre a esquizoanálise e a história da loucura. Como metodologia de pesquisa utilizou-se a revisão bibliográfica, considerando autores que já tenham versado acerca dos temas que nos propusemos a pesquisar. A esquizoanálise traz à tona esse inconsciente formado pelo social e não pela família (papai e mamãe), e quando não existe dessa forma o sujeito se culpa, vivendo uma vida anestesiada, usando e comprando coisas que não quer e não precisa, em busca de coisas que nunca vai achar, criando assim uma pessoa que não é dona de si e sim mais uma “máquina social”. A loucura, era uma forma de manifestação, a mesma leva a sabedoria e traz para fora a razão do homem. Logo a loucura sai do campo da razão, e o novo homem deixa de se relacionar com o louco, sendo a loucura a patologia do século. Nesse novo contexto o louco perde a voz, ele é o sujeito que não tem mais o que dizer. A partir das ideias dos autores que se entrelaçam no pensamento de não categorizá-los, se quer elucidar alternativas buscando humanizar esses indivíduos dados como loucos e subjetivados pela a história da sociedade, deixando em voga a necessidade de findar a normatização de quaisquer que sejam os pacientes, loucos, neuróticos, histéricos, delirantes, alucinantes, queremos que todos tenham suas vidas cuidadas, mas que principalmente tenham espaço para elaborar nessa sociedade limitante do capitalismo, inclusive talvez seja isso que tanto nos incomoda no louco, que diferente de nós, meros “normais”. Ele não se limita, sua máquina desejante não para de produzir. Diante de tudo que foi estudado, pode-se perceber o quanto o louco ainda é estigmatizado pela sociedade de maneira abrupta, sendo impossibilitado até de ser livre, se encontrando institucionalizado de maneira hostil e não tratado como ser humano. É importante ter em mente que a loucura é apenas outra maneira de ser, e o que é diferente muitas vezes assusta.

Palavras-chave

esquizoanálise psicologia psicossocial saúde mental loucura manicômio tratamento análise

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Como Citar
L. S. DE MIRANDA, R. M., M. C. MARTINS, A. R., DO ESPÍRITO SANTO, B. A., & C. A. FILHO, R. (2018). COMO POTENCIALIZAR O ATENDIMENTO DADO AOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS QUE SE ENCONTRAM INSTITUCIONALIZADOS: UMA CONVERSA ENTRE A ESQUIZOANÁLISE E A HISTÓRIA DA LOUCURA. Humanas Sociais & Aplicadas, 8(22). https://doi.org/10.25242/887682220181581