Main Article Content

Resumo

Estudos têm revelado que sobre o tema drogadição, geralmente, o gênero masculino tem sido foco de pesquisas, relegando os estudos sobre a dependência no gênero feminino a um segundo plano. Dessa forma, a atual pesquisa parte de uma demanda em relação ao crescimento da drogadição feminina nos últimos anos no Brasil, a fim refletir sobre a saúde das mulheres drogadictas. O objetivo principal deste estudo foi identificar problemas de saúde associados à drogadição feminina. Foi realizada uma análise de conteúdo em 64 artigos encontrados numa revisão integrativa da literatura, realizada numa pesquisa anterior na base de dados Scielo, sobre drogadição feminina nos últimos 20 anos. Os dados apontam diversos problemas de saúde acarretados pela drogadição feminina: transtornos alimentares, consequente desnutrição, anemia, cardiopatias, distúrbios neurológicos, doenças hepáticas, câncer, osteoporose, hipertensão arterial, úlceras, inibição da ovulação, diminuição da fertilidade, problemas psicológicos  e os transtornos psiquiátricos. Destacam as consequências orgânicas imediatas do abuso de drogas envolvendo, problemas ligados ao descuido com a higiene, insônia e queimaduras. Afirmam que o crack leva a degradação do corpo e da aparência, além dos abusos/violências físicas e morais, como decorrência do fato de muitas mulheres drogadictas viverem em condições de rua. A infecção pelo vírus HIV é um dos grandes desafios em questão. Quanto a mulher gestante drogadicta, além da afetação dos sistemas cardíaco e vascular da gestante, a dependência química pode gerar abortos espontâneos e todos os riscos advindos deste quadro hemorrágico. Percebeu-se que dos 64 artigos, 35 citavam os agravos à saúde da mulher. Muitos estudos focavam os efeitos da drogadição feminina para a gestação, ao contrário do que prioriza o atual estudo. Esperava-se um número maior de estudos que relacionassem a drogadição feminina aos problemas de saúde da mulher, já que, para um recorte de 20 anos, a quantidade de pesquisas é insuficiente, mostrando um prolongamento de uma problemática maior em questão.

Palavras-chave

drogadição saúde da mulher drogadição feminina.

Article Details

Como Citar
G. EVANGELISTA, M., S. CHAGAS, V., & H. RIBEIRO-ANDRADE, ÉRICA. (2018). A SAÚDE DA MULHER DROGADICTA. Humanas Sociais & Aplicadas, 8(22). https://doi.org/10.25242/887682220181549