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Resumo

O presente artigo pretende refletir como as mulheres se percebem, enquanto visitantes numa
instituição prisional, que as colocam, socialmente, em uma categoria, “parentes de preso”.
Inicialmente, o objetivo era uma pesquisa que abrangesse todos os visitantes, mas durante a
realização da mesma, o que se apresentou foi a constatação de que a figura masculina, ou era
praticamente inexistente, ou aparecia de forma esporádica, ou eram apenas acompanhantes das
mulheres que realizavam efetivamente as visitas. Como o foco da pesquisa foi entender o que
representava tornar-se um “parente de preso”, e considerar as relações de gênero com seus
scripts e expectativas de bom desempenho pelos seus atores sociais, o público alvo desta
pesquisa foi mulheres que a partir do momento da prisão de seus familiares ganharam uma nova
categoria. A visibilidade trazida por essa pesquisa pode não ser garantia imediata de reflexões
por parte das autoridades e da sociedade em geral para gerar mudanças, mas com certeza,
mesmo que essa problemática permaneça por longo período, certo é que, muitos olhares que
naturalizavam o comportamento discriminatório em relação àquelas visitantes, “parentes de
preso”, não mais se sustentarão.

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Como Citar
Azevedo, C. A. L. dos S. (2012). PRISIONEIRAS EXTRAMUROS: UM OLHAR SOBRE A VISITAÇÃO NUMA INSTITUIÇÃO PRISIONAL MASCULINA. Humanas Sociais & Aplicadas, 2(4). https://doi.org/10.25242/8876242012131